Decerto que perdi muito tempo, por um lado. Tudo face à minha resistente ingenuidade, sem ser proposital. Por conta dessas posturas, que não chamaria de teimosia, mas ingenuidade mesmo, eu perdi – principalmente perdi tempo e grandes oportunidades de aproveitar mais momentos diante do Mestre. Perdi tempo no aceleramento do aprendizado, na entrega que hoje faço com mais maturidade.
Por outro lado, embora com maior delonga, o tempo prolongado teve uma pequena vantagem no sentido de que amadureci e compreendi melhor o meu ‘chamado’, o meu sentido em servir, da minha própria entrega.
Se lamento? Profundamente! Queria iniciar lá naquele dia saindo atrás, seguindo os passos que sempre me conduziram por caminhos prazerosos, inusitados, diferenciados, com aquela sandália de tiras escorregadias, com aquele momento colorido, em que a dor não me impediu de querer, de desejar, de seguir... De sentir sensações antes nunca sentidas, nunca imaginadas.
Mas espero que daqui por diante tudo possa der realinhado e seguido o percurso natural de uma relação BDSM entre senhor e serva. Tentarei sempre me esforçar para ser o melhor de mim mesma. Para dá o melhor de mim mesma. “Mesmo face ao prazer da dor”.
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