Ylena do Marka
Foram
parcos contatos, mas recheados de aprendizados, orientações e
ensinamentos esse mundo que começava a me envolver, me fascinar, seduzir
de tal forma que nunca mais minha vida seria a mesma.
Foram
momentos adversos, contrários, de perdas: financeira, confiabilidade,
desejos. Mas todos superados pelo ardor que me consumia em querer ser
uma submissa. Não apenas o fato de querer ser submissa. Mas o fato de
servir, e servir a um dominador. Servir a contento, com rituais,
dedicação, abnegação, desejo, paixão, entrega...
Uma via crucis segui, rumo ao meu calvário particular: ansiedade, medo, inquietação. Esperando vislumbrar no fim do túnel a tão esperada luz.
Finalmente,
depois das imaturas tentativas, houve o contato real, desejado. Em um
misto de medo-desejo o encontro markado pela confiabilidade e uma
indubitável certeza de que era um caminho que não poderia ter volta – ou
de vida ou de desejo.
Entrei,
entreguei ao prazer desconhecido, guiado pelas mãos de quem poderia
guiar, orientar, meu professor, meu Mestre. Meu Mentor. Eu queria dizer:
meu Dono. Essa era minha ânsia maior: Ter um Dono, servir um Dono,
dirigir-me “ao Meu Sr, Meu Amo,” e não apenas a um “Sr.”
Ansiei
por “coleiras” virtuais, reais. Queria sentir o prazer de expor no
pescoço a Primeira Coleira. Tudo que é Primeiro nunca se esquece. A
primeira vez...