A aquietação chega com a
tempestade ou mesmo com a bonança.
E assim, na quietude do
coração, deitada na cama, olhando as tiras dessa sandália, que como forma de
relaxar e extirpar o sentimento de
perda, sem nunca ter tido, num ímpeto, foi lançada contra a parede e
“lascando” um toco do seu salto. Assim, somente o coração saberia os porquês,
sem afetar qualquer próximo. Na quietude do quarto, somente as paredes são
testemunhas, num pacto de silêncio silente. Não dirão nada a ninguém. Nem mesmo
a mim.
Mesmo com tanta quietude
há uma centelha e fagulha de amor BDSM que
ultrapassa todos os limites do entendimento humano... e assim vou
vivendo, revivendo e (te) esperando.
E como menina malcriada, penso no íntimo da zanga:
Não quero mais sandálias de tiras. Vou andar descalça. Descalça de vida,
descalça de sentimentos, descalça de sentir, pés no chão, firmes.
Não foi no sol, não foi na chuva. Não foi
simplesmente...
O mês caminha para suas naturalidades. O organismo
melhora (acabou o desconforto intestinal), tudo fica firme; a regra já dá alaridos, com a "tensão" e o
comer de chocolate (delícia) - ela é fiel!
Carnaval vai chegando. Vou descansar, refugiar-me
nos braços da “mamis”, lá longe, bem no mato, comendo e lembrando coisas da
terra. “Trepar” nas árvores e colher frutos naturais, sem agrotóxicos, sucos
naturais, galinha caipira, uma tapioquinha com manteiga da terra regada com uma
carne de sol temperada ao alho... Hum... E... Dormir, dormir, ler, esboçar a
dissertação e esquecer o mundo cibernético por uns dias... e só voltar depois da folia dos momos da vida.
Vou ficar na minha quietude e desaquecer esse
turbilhão de desejos latentes...