quinta-feira, 25 de agosto de 2016

REFLETINDO AQUI NA SOLIDÃO...







Tantos anos de markas profundas. Do tipo que as palavras ao podem designar, desenhar ou mesmo traduzir. Como explicar em letras o sentido, o sentimento que se exala de uma alma que se deixou cativar pelo amor em submissão? Um amor submisso coberto por toques de desejos materializados na pele, no corpo e eternizados na alma, no coração. É assim que uma serva real, leal se sente em relação ao seu Sr.

É muito mais que uma escrava, é um pertence. Que nem tempo desgasta, nem eras envelhecem, pois quando se passa pela vida de alguém se deixa um pouco ou um muito de si mesmo... O andar, a voz, os gestos perpetuados no olhar que cada vez mais sente reacender velho-novos desejos...

Tantas perspectivas, tantos planos, vontades; aspirações por mudanças que se emperram no tempo, que desmantelam planos pervertidos. Vou preparando a casa, vou preparando o coração, vou preparando o suco, vou preparando  o óleo, vou preparando os acessórios para quando o gran finale chegar, tudo possa explodir em gotas coloridas, multicor...

Sem embaçamentos; portas abertas, corpo escancarado, desejos latente, pulsantes... Expressões máximas da entrega de uma fêmea, que se desnuda dos pudores, de si mesma, das frescuras, das cobranças sociais para viver esse prazer quase louco, quase sem sentido,  quase irreal, mas extremamente verdadeiro. Quantas letras para transmiti-lo!, e, mesmo assim ainda tem muito mais a dizer...

Como eu posso dizer-te que sinto tua falta? Que desejo ouvir tua voz? Essa voz autoritária, firme, brava, linda, que me leva por teus caminhos? Seguindo sem questionar tuas vontades? Por essas e outras não podes sair da minha vida! Pois é tirar-me o ar! Matar desejos consumidos e consumados; é silenciar o uivo dos ventos nas estradas repletas de árvores, de terra, asfalto e nuvens...

A tua ausência é uma tortura e me tortura. Tortura meus sentimentos de serva com a distância ou a proximidade... És tão fugidio. Espera é ruim. Ainda mais uma espera desesperançada.  A espera só é gratificante quando a ausência da falta vai se esvaindo... Criei expectativas, abolir premissas, sonhei, desejei, toquei, vivi e morri; assim como morri revivi e tento permanecer...

Não sei mais que verbo conjugar, que palavra usar... Desistir? Prosseguir? Esperar? Ir? Vir?  Sentir? Sonhar? Minha mente se confunde quando não sabe o que seguir, o que decidir. Se pudesse escolher, escolheria ter-te como na primeira vez, onde tu eras tão “tu”, sem adereços, empecilhos; apenas o Dominador, cheio de ideias, desejos, ensinamentos, tendo em suas mãos  não uma fêmea, mas uma serva disponível a servir com toda franqueza e verdade. Ansiando ser construída pela marka de um dominador... Tu tens em mim uma alma apaixonada pelo teu modo de dominar, seduzir, conduzir.

Eu sou escrava de teus caprichos e estou presa em teus prazeres. É só querer...


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

TURBILHÃO DE SENTIMENTOS



E ali, olhos nos olhos, 
respirações uníssonas... 
pode sentir um turbilhão de vários sentimentos 
por Aquele que há anos 


sempre desejou servir em sua completude.


EU SÓ QUERIA COMEMORAR...




EU SÓ QUERIA COMEMORAR, CONTIGO!

No decorrer de nossas vidas, vamos criando expectativas de coisas que queremos alcançar ou conquistar.  A finalidade da vida aqui é  viver, pois a vida terrena tem um limite, um prazo de validade. Mais dia ou menos dia ela se finda.
A pessoa faz planos, mas nem sempre a resposta final vem da própria pessoa que os elaborou.  Sem dúvida, há uma força maior que independe de nós mesmos.
Este ano fiz muitos planos em minha vida, em todos os âmbitos. No espaço SM foram  muitos planos, muitos desejos, muitas expectativas. Comprei até vinho e taças para comemorar...
Primeiro por ser um ano importante na caminhada bdsm.  Uma década. Achei que mereceria uma comemoração especial. Sonhei com isso. Desejei isso. Planejei isso.   Mas faltou o principal:  o parceiro bdsm.
Não existe bdsm sem  seus componentes essenciais: o dominador e a pessoa submissa.  Quando apenas uma parte existe, não há uma completude.  Não existe submissão nem dominação UNILATERAL. Os dois precisam existir para poder refletir as delícias de um encontro, de uma sessão.
No decorrer desses anos conheci  algumas pessoas no meio. Esses contatos serviram de aprendizado, ajudaram em meu amadurecimento sobre o assunto. Li muito, assisti muito. Confiei muito. Também fui "ferrada", explorada na minha ingenuidade  e credibilidade para com as pessoas em geral. Para  mim, tudo é uma questão de caráter. De bondade. Benevolência. Eu sempre confio por que sou confiável, honesta. E acho que todos deveriam ser pessoas honestas, com boa índole. O mundo, em geral, seria bem melhor se todos assim se portassem.
Eu acreditei em meus desejos, nessa minha ânsia de dar e receber prazer de forma diferenciada. Eu quis ser mentoreada, dispus-me a ir para qualquer cidade, qualquer tempo, mesmo em detrimento de interesses pessoais. Que só foram sobrepujados por  outros interesses  inadiáveis, ou de força bem maior.
Acho que a serva tem que está disponível sempre. E é assim que me vejo, que quero ser - disponível para servir ao Mestre. 
Os toques solitários não são "mestre". A cama solitária não é "mestre". Os desejos e sonhos na solidão também não são "mestre". O mestre precisa ser real, tocável, tangível, para receber todo o prazer que uma serva pode lhe proporcionar.
Como serva, eu só queria servir.  E, vejo o tempo escoar, indo-se   e meus desejos continuam latentes, pulsantes, ardentes por tudo que  resguarda o mundo BDSM... Mas estou  ficando reticente será que tudo no meio seja de fato verídico?

Não quero teias de ilusões.  Quero ainda acreditar. Quero tocar e ser tocada. Quero sentir... Ou então serão este blog, casa de prazer, apenas imagens por um tempo... até fenecer...