Tantos anos de markas profundas. Do tipo que as palavras ao podem
designar, desenhar ou mesmo traduzir. Como explicar em letras o sentido, o
sentimento que se exala de uma alma que se deixou cativar pelo amor em submissão?
Um amor submisso coberto por toques de desejos materializados na pele, no corpo
e eternizados na alma, no coração. É assim que uma serva real, leal se sente em
relação ao seu Sr.
É muito mais que uma escrava, é um pertence. Que nem tempo
desgasta, nem eras envelhecem, pois quando se passa pela vida de alguém se deixa
um pouco ou um muito de si mesmo... O andar, a voz, os gestos perpetuados no
olhar que cada vez mais sente reacender velho-novos desejos...
Tantas perspectivas, tantos planos, vontades; aspirações por
mudanças que se emperram no tempo, que desmantelam planos pervertidos. Vou
preparando a casa, vou preparando o coração, vou preparando o suco, vou preparando o óleo, vou preparando os acessórios para
quando o gran finale chegar, tudo
possa explodir em gotas coloridas, multicor...
Sem embaçamentos; portas abertas, corpo escancarado, desejos
latente, pulsantes... Expressões máximas da entrega de uma fêmea, que se
desnuda dos pudores, de si mesma, das frescuras, das cobranças sociais para
viver esse prazer quase louco, quase sem sentido, quase irreal, mas extremamente verdadeiro. Quantas
letras para transmiti-lo!, e, mesmo assim ainda tem muito mais a dizer...
Como eu posso dizer-te que sinto tua falta? Que desejo ouvir
tua voz? Essa voz autoritária, firme, brava, linda, que me leva por teus
caminhos? Seguindo sem questionar tuas vontades? Por essas e outras não podes
sair da minha vida! Pois é tirar-me o ar! Matar desejos consumidos e consumados;
é silenciar o uivo dos ventos nas estradas repletas de árvores, de terra,
asfalto e nuvens...
A tua ausência é uma tortura e me tortura. Tortura meus sentimentos de
serva com a distância ou a proximidade... És tão fugidio. Espera é ruim. Ainda mais
uma espera desesperançada. A espera só é
gratificante quando a ausência da falta vai se esvaindo... Criei expectativas, abolir premissas, sonhei, desejei,
toquei, vivi e morri; assim como morri revivi e tento permanecer...
Não sei
mais que verbo conjugar, que palavra usar... Desistir? Prosseguir? Esperar? Ir?
Vir? Sentir? Sonhar? Minha mente se confunde quando não sabe o que
seguir, o que decidir. Se pudesse escolher, escolheria ter-te como na primeira
vez, onde tu eras tão “tu”, sem adereços, empecilhos; apenas o Dominador, cheio
de ideias, desejos, ensinamentos, tendo em suas mãos não uma fêmea, mas uma serva disponível a
servir com toda franqueza e verdade. Ansiando ser construída pela marka de um
dominador... Tu tens em mim uma alma apaixonada pelo teu modo de
dominar, seduzir, conduzir.
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