Ciclo
Jorge Vercilo
Eu não sei o que me domina
E mesmo assim não penso em me livrar
Num fascínio de alma gêmea
Você em mim constrói o seu lugar
O amor se fez me levando além onde ninguém mais
Criou raiz, ancorou de vez, fez de mim seu cais
E mesmo assim não penso em me livrar
Num fascínio de alma gêmea
Você em mim constrói o seu lugar
O amor se fez me levando além onde ninguém mais
Criou raiz, ancorou de vez, fez de mim seu cais
A escravidão de uma
fêmea bdsm não é um jogo, não é uma brincadeira. É coisa séria, de fato. Que
requer não apenas desejos, entrega, mas compromisso, responsabilidade. Pois é
uma condição de vida que somente quem está apta e disposta a aceitar pode
entrar.
Eu entrei.
Não é uma relação
apimentada, como muitos o fazem; ser submissa não é o mesmo que ser namorada,
esposa, ou família. é algo que requer uma postura e posicionamento com
muito mais zelo.
Somente uma dedicação
exclusiva ao prazer é capaz de fazer uma fêmea, totalmente despudorada, não
pela vulgaridade, mas pela ausência das frescuras que poderiam empecilhar uma
relação dessas.
Como faço em relação a
comidas:
Sempre com 4 dias antes
se começa a preparação. Redução total de proteínas e carboidratos. Nada
de carne, nada de massas. No terceiro dia as porções também diminuem; as
refeições, quando há, são totalmente liquidas: sucos, caldinhos (sem carne),
além de um frasco de leite de magnésio para fazer um falso enema, mas limpa
tudo, além de uma boa ducha intima. Já no segundo dia, apenas uma fruta
por refeição. No penúltimo dia, somente água. E no dia "D", absolutamente
nada, apenas uns goles de água. Isso se o Mestre permitir.
Se se aguenta?! Sim, se
aguenta!
Essa é a figura real da
serva entregue, subjugada, consciente de seu papel de serva que sabe que não manda
mais em si mesma. Não é dona de seus quereres ou vontades, pois agora ela está
literalmente à disposição do seu dono, do seu senhor, do seu mestre. E isso é
o suficiente.
Naquele momento sublime
de inquirições, de perguntas com respostas indubitavelmente certas, sem
titubeações, sem receios, medos ou desconfianças. Na maior de todas as
simbologias de um momento espetacular, único, regado pela sinceridade, verdade
e confiança mútua. Apenas a voz do Mestre é quem domina o momento, é quem
comanda a ação.
Enquanto calada, ouvindo
com os olhos cada palavra, a serva não sabia se eram reais ou estava embriagada
pela emoção; traduzida através de um corpo que tremulava convulsivamente, banhando-se e se desmanchando
em suores de emoções, expectativas, pensamentos que passeavam por passados,
presentes e aspirando um futuro markado com todas as markas possíveis daquele
que tinha o dom de mexer, desfazer, refazer, construir e desconstruir seus
desejos. Ela foi calada pelo silêncio. Ali, na sua bela excitação, coração
palpitante, pode receber o maior troféu, a melhor medalha, a comenda mais
ansiada por uma fêmea submissa: o título de SERVA.
Sim, agora era muito
mais que uma simples mulher, era uma serva, eu, serva yllenah.
Sempre e ilimitadamente à disposição do prazer do meu senhor e meu mestre.
CONTINUA...
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