quarta-feira, 7 de setembro de 2016

FINAL - A MAIOR DE TODAS AS EMOÇÕES





Finalmente encerro essa saga de emoções. 
Ainda falando um pouco sobre sons. Como disse, nenhuma sub deve envergonhar, constranger ou até mesmo irritar seu Senhor com gritos desnecessários durante uma sessão, um encontro. Pois existem ambientes que não permitem. Seja em hotel, motel, no meio da rua, em casa comum, no trabalho, etc. Salvo quando seu Dono lhe permitir gritar, claro!
Por isso tudo tem que ser extremamente consensual, para não tomar outra configuração, como agressão, num momento de spanking erótico ou que se deixa uma marka. 
BDSM não é para TODAS as pessoas, é somente para aquelas que possuem em seu DNA a essência dessa prática. E isso além de ser algo inerente a alguns, precisa ser trabalhado e lapidado para que a moldagem seja a melhor possível. Claro que ambas as partes precisam estar cônscias de que é um aprendizado, ninguém sabe tudo. Mestre erra. Sub erra.Todos erram.



É muito gratificante uma serva ouvir de seu mestre que ele reconhece seu esforço (nem que seja  somente em algumas coisas), por isso ele cuida para que ela também esteja bem. Sem no entanto desprezar sua ira quando ela falha ou ainda, de repassar a ela ensinamentos que agregam na sua prática de servir.
Particularmente acho o Mestre muito justo. Isso me traduz uma confiabilidade extrema ao entregar minha vida aos cuidados do seu prazer. Por isso quando a convocação chega faço um esforço tremendo para atender; para mim não há esse negócio de longe ou perto, aqui ou ali, tarde ou noite... Se for de avião, vou de avião, se for a pé, vou a pé, se for de ônibus, vou de ônibus, se for de carro, vou de carro, se for de moto, vou de moto,  se for no além, aí vou no pensamento... Claro que um tempo prévio é bom para o preparo. Mas...  não é o item mais importante para o servir.
Algo que mexe comigo é a questão de ver, olhar. Adoraria ficar horas e horas e horas olhando-o... mas nem sempre isso é possível, claro! Eu sempre me perco naquele olhar profundo, naquela voz inconfundível a mim, que, quando pronuncia o meu nome (dado e aceito por Ele) eu tremo nas bases, no íntimo, devido sua intensidade. Mexe com meu coração, com meu organismo, com minha vida. E nem precisa gritar, nem precisa fazer cara de mal-mau. É na contenção dessa voz que mais temor me impõe, mais respeito me asserta.
O cuidado com a segurança do seu senhor deve ser algo sagrado, que traduza respeito extremo. Nunca, jamais seu senhor deve ser alvo de chantagens emocionais, em quaisquer âmbitos; sua família, se tiver, deve ser preservada, respeitada e nem sequer TOCADA. Vá somente até onde ele permitir. Nunca force a barra para passar dessa linha divisória. NÃO MISTURE AS COISAS. Lembre-se sempre que quem delimita  tudo será sempre o Mestre. Assim também você deverá cuidar da sua saúde. Ter responsabilidade em suas prevenções e envolvimentos relacionais com outros pares. Acho que exagero de ida a médicos; mas também acho que isso respalda o cuidado com o Mestre. Estar com a saúde "em dia"  traz uma grande tranquilidade e confiança no servir.
Nem precisaria de vendas nos olhos, MAS em respeito ao Mestre, para deixá-lo à vontade, fico de olhos absolutamente fechados, como se tivessem uma venda invisível. Seguindo apenas os instintos de serva, sem saber exatamente onde ele possa estar, o que vai fazer. Mas quer saber? Nem me incomoda o que ele poderá fazer. Eu escolhi isso. Eu aceitei isso. Eu quero isso.  
Estou vivendo a maior de todas as emoções da minha vida. E, por isso só tenho a agradecer-Te meu Mestre e Senhor por proporcionar a esta simples e despretensiosa serva este tão grande privilégio, não por meu merecimento, mas pela tua bondade, pelo teu desejo e vontade. Pois sei que quando a mim permite te servir, também está abrindo mão de outros momentos em Tua vida. Obrigada pelo tempo que a mim dispõe. Muito agradecida, mesmo! Obrigada pelas "premiações", a começar por tua presença; obrigada por permitir te sentir. Obrigada. Obrigada. Obrigada!




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