sábado, 28 de agosto de 2021

ASSIM DO NADA

 

Lá  estou eu dirigindo minha carroça, voltando em casa para pegar uma roupa (uma camiseta branca) que gostaria de usar com meus sapatos vermelhos, quando o telefone toca; como dessa vez o deixei no banco do carona, pude ver o número e sem sombra de dúvidas  peguei o telefone e atendi ao chamado... de vídeo. Eita! Toda descabelada, sem nenhum batom, sem sombra nem lápis nos olhos, suada e enfim, sem nenhuma maquiagem para atender o adorado Mestre. Atendi. Nem podia protelar.
Calor. Cidade quente! A buceta apertou, sensação de que vou fazer xixi, mas num  é xixi, é tesão mesmo. Vou contraindo as pernas, o entrecoxas ao ouvir aquela voz...
Mas também não saio mais de casa sem batom, vou ver um que dura 2 horas. Aí quero ver boca de pecado sem cor de pecado... (Já coloquei o batom).
Até porque não importa o que eu esteja fazendo se Ele ligar, ele será a prioridade de atendimento. Mas como não podia parar no meio da  avenida, cercada de carros, deu de conciliar a conversa com a direção.

Mas minha preocupação não era a direção, era a cara desarrumada que eu estava transmitindo a Ele. Quase morro. Assim do nada, meu adorado Senhor  me aparece. E como sempre com aquele jeito extremamente envolvente. 

E me leva a pensar em pontinhos. E isso mexe com minha cabeça pervertida e altamente devassa quando penso Nele. Quando Penso Com Ele, e principalmente quando Faço Com Ele... São inúmeros pontinhos que ecloam dentro de mim, fora de mim e extravasa vida adentro. Que por onde eu ande, até mesmo lá no vale, lá em cima, me fazem delirar.

E esse final de semana será diferente na rotina, mas não nas ações. Porque quando eu me toco, eu te sinto. Quando eu sinto meu próprio sabor eu sinto a fêmea que sou. Não tenho dúvida da minha feminilidade, e, ao mesmo tempo percebo minha fragilidade quando me coloco em tuas mãos (perigosas em todos os sentidos). E agora que minhas pernas foram reveladas... 

Estou em iminente perigo, Meu Senhor?

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