Nesta construção, não tem apenas palavras, são momentos de uma
caminhada cunhada e MARKAda por desejos, prazeres, tentativas,
deslizes e acertos, todos absolutamente oriundos dessa entrega quase
inconsequente, esperada e totalmente sem reservas, dedicada a Ti, que é a
razão maior, principal e única de ter em meu coração a tua presença construída
com a tua MARKA indelével.
Eu me sinto como súdita no palácio dos prazeres que tu me
ofereces, meu Sr. Prazer em te servir, prazer em te dar prazer; meu coração
inclina-se perante Ti, em regozijo.
Tive momentos construídos e MARKAdos pela tristeza, pelas
lágrimas, pela solidão; tive parte de meus sonhos sequestrados quando me vi sem
tua presença MARKAnte, quando então me senti num cárcere. E nesse tempo de
cativeiro, o teu silêncio era meu carrasco.
Em dados momentos me entristecia, noutros dava a mim mesma
injeções de ânimo e vívida esperança para sonhar em ser livre de mim; mas
cativa diante de teus pés.
Eu pensei: não posso fazer do tempo meu inimigo, pois o inimigo
só sobrevive se injetarmos vida em suas veias, sabendo que permissões abrem
espaços para invasões então eu me permiti a mim mesma a chance de resistir à
cortante saudade de ti, pois eu queria ser invadida por ti, por tua presença,
por tua essência.
Busquei a mim, sabendo que pouco acharia, pois tua MARKA era
evidente em meu ser, em minha afetividade fundamentada pelo desejo e prazer de
ti pertencer.
Por vezes eu me sentia e sinto frágil e impotente, quando sei
que posso entregar-me a um mundo de prazeres – teus prazeres e não posso, pelas
limitações das conveniências, quer naturais, quer forjadas. Limitações em
tantos aspectos: de tempo, social, etc. etc. etc.
Apesar de pesares, tu me fazes crescer. Veja, Sr, como há
reflexo de tua MARKA em meu agir, através das minhas atitudes, postura,
fala!...
Esse desejo “brotante” que floresce eternamente em mim perpassa
todos os momentos intempéries sentidos com a tua ausência, mas que foi recheado
pela MARKA da tua presença, por meio de tuas palavras escritas, faladas,
olhadas, sentidas. E assim, construo esse pequeno império de palavras para
traduzir o caminhar dessa relação entre quem serve e quem é e merece ser
servido; entre escrava e Senhor. Entre Ti e mim.
Por esses longos-curtos períodos de tempo, senti meus domínios e
territórios sendo invadidos e conquistados pelos teus ensinamentos que passaram
a antessala do deslumbramento e me levaram a conhecer os palácios dos limites
litúrgicos de um modo de vida essencialmente dedicado e subserviente.
Eu reflito em mim uma submissa-serva em eterna construção. Tua
construção. Moldada pela tua MARKA.
Obrigada, meu Sr Dom Marka!
Tua serva ylena
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