Trimmmmmmm.
Aquela chamada...
Aquele número...
Aquela voz...
- Sua inútil, te quero aqui, me servindo. Te vira!
Era uma ordem recheada de um malicioso sadismo. Tal qual ele mesmo era.
Mas
que m*** de ordem é essa! Assim. Do nada. Como NADA ela era. Substância
informe... Como se fosse uma varinha mágica de pirlimpimpim! Nem
imaginava ele quantos “mundos” seriam movidos para atender uma “simples”
ordem.
Cadê a bruxa ou a mágica bondosa que transforma Abóboras” em “lindas carruagens?”
Cinderela, onde está você?
“Scooby doo, meu filho... cadê você?” - diria o salsicha
Ai...
doeu em pensar na agenda que teria que ser totalmente alterada. Eram
vários “mundos” que teriam que mudar de posição, nesse espaço sideral
que era essa vidinha...
Alterações programadas:
- mudança de regra menstrual
- compra de várias m*** que nunca são dadas as devidas importâncias
-
verificação de disponibilidade de viagem (te vira!) – vai de avião,
vai da ônibus, vai de caminhão, alugue um carro, vai a pé... mas... vai!
- e aquela famosa mala: com todos os apetrechos – de desejos e bugigangas...
- etc.
Madrugada,
frio cortante, coração a mil, lá se vai ela. Nem imagina ele, nem
imagina, realmente ele o quanto ela fez parra poder estar ali, diante
dele, entregando sua vida, seu corpo, seus desejos. Anulando ou
guardando suas próprias vontades para se alimentar das vontades dele.
E assim estava diante dele, como sempre, mais uma vez, e para sempre.
Recebida,
com aquele jeitinho que lhe é peculiar. Um carinho em forma de
bofetada. Deixando suas markas com centenas de chicotadas... anulando a
dor com o excesso de prazer.
E
é justamente aí quando há qualidade de tempo, há qualidade de
entrega. Nunca mais esquecer disso! Tempo se entregar, tempo para
receber essa entrega. É uma simbiose perfeita! Assim dá certo. Assim
sim, é consensual.
Aqueles
dias naquela “masmorra”, um misto de solidão, prazer, desejos e
absolutamente a presença dele, soberana, total preenchendo todos os
vãos, todos as brechas, todos os espaços,com aquele andar felino, olhar
felino, mãos felinas. Parecia o rei dos animais. Numa selva de pedra,
ou selva de desejos, que fora transformado aquele quarto de hotel.
Todo
AMO deveria aproveitar ao máximo a presença de sua escrava, assim como
essa se entrega ao máximo para o prazer dele. Deveria ser lei: “encontro
para sessão entre dono e escrava deve ser totalmente aproveitado as
24/24h”.
As
privações, os anseios, as cordas, os velcros, o cinto e a dor tudo
formando um conjunto unitário que redundou no prazer total dele... e
dela...
Invasões sem permissão (precisa?). A dor do prazer. O prazer da dor. O Prazer do prazer...
Tudo
explode em multicores de desejo com gemidos e ais, sufocados, abafados,
explodidos. Externalizados. Acelerados. Sudorizados....
Tudo ser humana deveria aproveitar a vida ao máximo do prazer, sem frescuras, sem tabus, sem nhenhenhen.
Para ter uma entrega é preciso ter confiança. Isso também DEVE ser CONSENSUAL. Putz! Consensualizei demais!
Mas
convenhamos, um corpo é um TODO. Não é só cu, não é só buceta, não é só
boca... Os dois podem dar e receber as mesmíssimas coisas!
Eu diria igual ao Renato Russo: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”.
Então vamos amar, vamos gozar, vamos fuder, vamos ter Dono, vamos ter submissa, vamos servir, vamos... vamos...