sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

TANTOS TANTOS








Foram tantas coisas para dizer. 
E nada fora dito.
Muitos ensaios, muitas palavras...
Muitos desejos calados. Tantas palavras silenciosas, silenciadas pela não oportunidade.
Tantos questionamentos por fazer, por responder...
Turbilhão de porquês ensaiados na mente, aflorando à boca, aquela boca carnuda, convidativa, ansiosa por sentir teu cacete alucinado
Num vai-vem frenético crescendo, crescendo e por fim estourando, qual  champanhe, 
deixando escorrer a espuma, o líquido esperado, gostoso, desejado
garganta abaixo.
Ali, naquele momento único de desencontro encontrado, de encontro desencontrado, o silêncio gritante, acelerado, pásmico, eletrizado...
Correntes ligadas e soltas no ar, tal qual cordas... só que invisíveis...
Ficou bailando na mente adormecida pela saudade, apenas a Marka do som inesquecível , convidativo e ao mesmo tempo  afastativo. 
Sem saber, o corpo queria apenas seguir o instinto de seguir,  seguir a voz, seguir os passos, seguir a marka. 
Um desejo ilimitado, segurado;  fechado pela prudência, pela obediência e respeito.
Na mente, corria junto a ti, sempre perto, em teus passos e encalços, seguindo as markas da pegada.
Não!!!
Não vá!... Venha. Volte! Vem...
somente de "V" a mente girava.... O corpo tremulado,a boca seca, olhos marejados, coração palpitante e palpitado, com pernas tremuladas, desobedientes, paralizadas.
Sair correndo, em passos rápidos, com sandália em tiras ou não... esse era o desejo que ficou abortado  pelo não desejo... Regras. Regras. Elas sempre estão lá, obstruindo, limitando o limite que deveria ser apenas do tempo e nunca do desejo desejado.
Quebre as regras, por favor! Quebre o medo. Quebre o ilimítrofe limite.
Pois essa dor invisível está quase invencível...




Nenhum comentário:

Postar um comentário