Foram tantas coisas para dizer.
E nada fora dito.
Muitos ensaios, muitas palavras...
E nada fora dito.
Muitos ensaios, muitas palavras...
Muitos desejos calados. Tantas palavras
silenciosas, silenciadas pela não oportunidade.
Tantos questionamentos por fazer, por
responder...
Turbilhão de porquês ensaiados na
mente, aflorando à boca, aquela boca carnuda, convidativa, ansiosa por sentir
teu cacete alucinado
Num vai-vem frenético crescendo,
crescendo e por fim estourando, qual champanhe,
deixando escorrer a espuma, o líquido
esperado, gostoso, desejado
garganta abaixo.
Ali, naquele momento único de
desencontro encontrado, de encontro desencontrado, o silêncio gritante,
acelerado, pásmico, eletrizado...
Correntes ligadas e soltas no ar, tal
qual cordas... só que invisíveis...
Ficou bailando na mente adormecida
pela saudade, apenas a Marka do som inesquecível , convidativo e ao mesmo
tempo afastativo.
Sem saber, o corpo queria apenas
seguir o instinto de seguir, seguir a voz, seguir os passos, seguir a
marka.
Um desejo ilimitado, segurado;
fechado pela prudência, pela obediência e respeito.
Na mente, corria junto a ti, sempre
perto, em teus passos e encalços, seguindo as markas da pegada.
Não!!!
Não vá!... Venha. Volte! Vem...
somente de "V" a mente
girava.... O corpo tremulado,a boca seca, olhos marejados, coração palpitante e
palpitado, com pernas tremuladas, desobedientes, paralizadas.
Sair correndo, em passos rápidos, com
sandália em tiras ou não... esse era o desejo que ficou abortado pelo não
desejo... Regras. Regras. Elas sempre estão lá, obstruindo, limitando o limite
que deveria ser apenas do tempo e nunca do desejo desejado.
Quebre as regras, por favor! Quebre o
medo. Quebre o ilimítrofe limite.
Pois essa dor invisível
está quase invencível...