domingo, 12 de fevereiro de 2017

VOU ME PERDENDO NAS MADRUGADAS



Vou me perdendo nos meus mundos e SUBmundos

criados para Te encontrar, Te desejar...

A cada dia fico mais incrédula de tudo

mais incrédula da minha própria existência

me contorço em dores no coração

que bate de forma ansiosa e descompassada

apenas para cumprir o ritmo da vida

Delírios... delírios... delírios...

Delírios de uma serva

sou uma delirante mulher  - forte, ferida, frágil

que vive num SUBspace de tesões

tremulantes, gementes, engaiolados

Que vai a cada dia se perdendo, se esvaindo

retornando ao seu estado “primitivo”, inicial

porque o tempo passa e não pode mais voltar

e, assim, apenas as lembranças são tangíveis

invisíveis, reais-irreais

próximas-distantes... se dissipando 

como o por do sol que some no horizonte

me desencantando nas noites de silêncio branco,

quietas-inquietantes, cheias-vazias

esperando alguma gota de “amor”

como lenitivo a curar as feridas...

as dores provocadas pelo tempo de construção

e abandono...

Vou me perdendo nas madrugas frias-quentes

Esquecida... tentando me desnudar das roupas inúteis

E cobrir-me com fios dourados de esperanças

Ainda crendo ser possível  renascer

Nessa dor de perdição...
Vou me perdendo nessas madrugadas...



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