Vou
me perdendo nos meus mundos e SUBmundos
criados
para Te encontrar, Te desejar...
A
cada dia fico mais incrédula de tudo
mais
incrédula da minha própria existência
me
contorço em dores no coração
que
bate de forma ansiosa e descompassada
apenas
para cumprir o ritmo da vida
Delírios...
delírios... delírios...
Delírios
de uma serva
sou
uma delirante mulher - forte, ferida,
frágil
que
vive num SUBspace de tesões
tremulantes,
gementes, engaiolados
Que
vai a cada dia se perdendo, se esvaindo
retornando
ao seu estado “primitivo”, inicial
porque
o tempo passa e não pode mais voltar
e, assim,
apenas as lembranças são tangíveis
invisíveis,
reais-irreais
próximas-distantes...
se dissipando
como
o por do sol que some no horizonte
me
desencantando nas noites de silêncio branco,
quietas-inquietantes,
cheias-vazias
esperando
alguma gota de “amor”
como
lenitivo a curar as feridas...
as
dores provocadas pelo tempo de construção
e
abandono...
Vou
me perdendo nas madrugas frias-quentes
Esquecida...
tentando me desnudar das roupas inúteis
E
cobrir-me com fios dourados de esperanças
Ainda
crendo ser possível renascer
Nessa
dor de perdição...
Vou me perdendo nessas madrugadas...
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