segunda-feira, 11 de outubro de 2021

FUZUÊ

(.)

Tá um reboliço nesse office. Muitas reformas, poeiras,  fios, interrupções. Ora fone, ora computador. Atrapalha. Sai da cadeira, vai pro outro lado; volta, fica; sai de novo. Impossível ficar quieta e atenta ao zap. Espero em casa, a noite, com mais calma, degustar com mais morosidade cada escrito, cada fala, cada dica, cada orientação, cada tudo.

Mesmo em meio a tantas agitações, o corpo continua a pedir. Virou mendigante e pedinte. Pede por prazer, por sensações, por invasões... porque é através da buceta que se expressa essa invocação silenciosa. Não tem som, não tem palavras, apenas  o efeito... Que se transforma em cheiros molhados. 

Aprendi a viciar-me em mim mesma. Inebriada por esse cheiro de devassidão que escorre no dedo e tem sabor de perdição (ou de redenção?). Redimida pelo tempo que não foi aproveitado. 

É um fuzuê na sala, é um fuzuê no corpo... Que fuzuá que arrepia tudo!

E olha que o clima está quente... e a temperatura aqui dentro também...

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